ligeiro texto sobre jornalismo

Bom são 21:40 da noite e estou, numa das minhas crises profissionais.Penso em motivos que me levariam ou não a fazer a bendita da faculdade de jornalismo, tendo em vista minha consideração sobre o curso, que admiro.

Nunca fui leitora voraz de teorias jornalísticas mas sempre acreditei ser o jornalismo uma das mais importantes profissões na sociedade.Faz parte da educação ter as informações sobre os fatos que nos cercam seja por ângulos tortos, agudos ou oblíquos ou até mesmo centristas, tudo isso influi na mudança de gostos,  faz surgirem ideias, informações podem mudar a cultura de um povo.Acabo , caindo no clichê de dizer que a informação é um dos grandes meios de influência (e por que não de poder) da nossa era.

O problema é que hoje, detendo a fonte divina das informações e os meios de como fazer essas informações chegarem a um número absurdo de pessoas, chegando até a abastecer grandes veiculadores de notícias, que nem a Reuters  faz com a Globo, o poder está concentrado.As notícias vêm enlatadas, prontas para serem distribuídas para outras agências de comunicação, moldando um pouco aqui e ali a cara da notícia visando vender mais, vendendo quem sabe mentiras.

As manchetes quando não são impessoais demais, com um ponto de vista delimitado, ora favorecem a mentira, ora fazem críticas sem ponderar verdadeiramente os fatos, assim, descaradamente de forma que acreditamos que a tal da manchete seja um fato absoluto.

Obviamente existem exceções, eu compro as exceções, as publicações alternativas, os blogs, mas o que vende mesmo e quem manda mesmo infelizmente são as agências enlatadoras de notícias por encomenda.Apoio e respeito muito aqueles que se dedicam a prestar as informações verdadeiras, e provocam o real discurso entre nós, populares.

Sei que ataco o modelo norte-americano de se fazer notícia que foi sendo aperfeiçoado até ser essa palhaçada que é hoje: órgãos que influenciam uma parcela considerável da população mundial a bel-prazer de algumas corporações, empresas, governos e interessados em manipular uma grande massa.

Não tanto por otimismo e mais por instinto de sobrevivência , espero e tenho visto novas revolucionárias fornadas de jornalistas verdadeiros.Quem sabe você, quem sabe eu, mas de mim não sei nada ainda.
Eu fico aqui pensando, o que um engenheiro agronômo (minha outra opção de curso) poderia fazer de bom, além de plantar árvores e fazer gente não passar fome, não deixar gente sem terra pra carpir.Utópico?Talvez.O que eu não quero é sair desse planeta sem ter feito o bem.

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